terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Bela e a Fera. Estradas e paisagens de Arraias a Brasilia.


Brasilia, 23:00

Saimos de Arraias as 9:00 não sem antes Ligia encomendar tres colchas de patchwork com Vó Têca, uma artesã da cidade. 
A estrada até o topo da Chapada dos Veadeiros, a partir do Tocantins, revela belas paisagens com muita presença de cerrado e com pecuária extensiva aqui e acolá. Já desde o topo da chapada até a descida para Brasilia, na região de São João da Aliança, já em Goiás, a paisagem alterna pecuária extensiva, soja, milho e plantações de eucalipto.









A beleza cênica da paisagem não combina com a situação do asfalto. Esburacada, a  estrada não permite que se aprecie a natureza. Assim como muitas calçadas de cidades brasileiras, como Manaus, onde ou se anda olhando para o chão (para não cair em buracos ou sofrer acidentes nos desníveis dos calcamentos), ou se para para apreciar a beleza da arquitetura, nestas estradas também ou se olha para os buracos ou se para para apreciar a paisagem. Mas parar também é um problema, pois as estradas não contam com acostamentos. Elas são pavimentadas com um acostamento que dá para apenas metade do carro. O único lugar com segurança foi na saída de Terezina de Goiás, onde pudemos registrar nossa viagem (com auxilio da fotografa mirim - Irepti). As demais fotos foram tiradas com o carro em movimento.
Se houvesse sensibilidade dos gestores públicos, poderiam ser identificados os principais pontos cênicos mais apreciados e criados espaços recuados na estrada para que os viajantes pudessem parar seus carros e observar.
O mesmo acontece para a bela estrada entre Palmas (TO) e Lajeado (TO) ou entre Carolina (MA) e Estreito (MA) em que a beleza paisagística não pode ser plenamente apreciada porque a estrada não tem acostamento para os carros e nem ponto de observação. Uma pena!!
Da mesma forma que manter a estrada bem pavimentada. É esdruxulo viajar cinqüenta quilômetros em asfalto impecável desde São João da Aliança até a exata divisa entre GO e DF e ver nete ponto a estrada ficar novamente esburacada e seguir assim por mais trinta quilômetros dentro do Distrito Federal, somente porque são territórios diferentes e quem cuida são gestores diferentes. Os cidadãos, usuários da estrada e pagadores de impostos, são quem acabam sofrendo com essa estranha forma de governar.
Agora descansar para amanhã começar jornada para conseguir o VISA.



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