quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Organizar uma mudança temporária: dá trabalho!

Porto Nacional, 16:20
Para quem esta lendo estas páginas, ou que ficou sabendo que o professor conseguiu um recurso e vai viajar e passar seis meses nos Estados Unidos, tudo pode parecer uma festa. Mas não é!
Por exemplo, onde morar nestes seis meses? Como arranjar uma moradia que concilie mobilidade e proximidade com escola para Irepti? 
Não temos pretensão inicial de alugar carro. Afinal não conheço a cidade e região e não pretendo me arriscar em trânsito num outro pais, ainda mais que chegaremos faltando ainda um mes para o final do inverno. E inverno que pode provocar muita neblina, chuva gelada e neve. Então a decisão foi ficarmos com transporte publico.
Mas, precisamos também de um escola para Irepti, na qual ela possa ficar cinco dias por semana. Mas não podemos deixa-la numa escola na qual ela fara imersão em inglês e sairmos. E não dá para ser uma escola no centro de Washington, que é muito cara. Segundo informações de nossos contatos naquela cidade, em alguns casos uma escola infantil pode custar mais que a mensalidade de uma universidade. Assim, decidimos que vamos morar no subúrbio  provavelmente no estado de Maryland para podermos ter uma escola perto de casa e, então, eu e Lígia nos revezaremos para ir ao trabalho e para ficar trabalhando em casa para ficarmos perto da escola.
A colaboração das pessoas do Smithsonian são fundamentais para resolver estas questões. Eu procurei por sites de aluguel de apartamentos e encontrei algumas opções muito atraentes (imóvel e preço, como por exemplo um apartamento de 2 quartos por cerca de mil dólares). Mas ao pedir a opinião dos contatos em Washington, me disseram que o lugar não é seguro.
Assim, agora que decidimos pela estratégia, espero que possamos encontrar moradia e escola com mais brevidade.
Ligia ainda continua esperando a homologação da CAPES de seu pedido de bolsa sandwich. Sem o numero do processo fica difícil comprar passagens e emitir nota fiscal. E a cada dia que passa, os preços das passagens modificam, para maior.
Estamos inscritos para irmos participar da reunião da SALSA (Society for the Anthropology of Lowland South America), no inicio do mes de março em Nashville (Tenesse). Mas não dá para comprar a passagem de a partir de Washington antes de a CAPES dar a homologação do pedido de Lígia  E a cada dia as passagens mudam de preço, para maior!!!

domingo, 27 de janeiro de 2013

No "Paraíso" em Natividade.



Porto Nacional, 23 hs
Hoje passamos o dia em Natividade. Logo depois do café da manhã fomos conhecer as cachoeira do "Paraíso". As fotos acima mostram nossas primeiras visões do lugar. É um conjunto de quedas d´agua de um riacho que desce da Serra Geral de Natividade e forma poções. O nome é apropriado: trata-se de um paraíso de águas cristalinas e refrescantes.
Fomos guiados pelos nossos amigos Prof. Deodato e sua esposa Maria, bem como seus filhos Lucas e Pedro.
Tem a primeira cachoeira para idosos e cadeirantes.




Na verdade ficamos primeiramente na cachoeira do "purgatório", onde nos refrescamos em águas límpidas, translucidas e borbulhantes.





Depois de curtirmos muito o "purgatório" fomos até a "Cachoeira do Amor". Não chegamos a ir até o "Paraíso" cujas quedas e poções ficam em local de mais dificil acesso. Isso ficará para uma próxima visita, que o lugar merece....


Depois de sairmos, com muito sacrifício, das cachoeiras, tivemos um almoço delicioso na casa de Maria, Deodato e seus filhos Lucas e Pedro.





Depois passamos na casa de D. Geralda para comprar amor-perfeito, cujas imagens vão abaixo, como eu havia prometido ontem. Vai também os contatos de D. Geralda para quem não se contentar apenas com as imagens desta outra jóia de Natividade.


Bem, agora em casa, a partir de amanhã definir local de moradia em Washington DC e compra de passagens.
Tenho usado o Craigslist e o Rentals para tentar encontrar um apartamento. Também estou contando com a preciosa ajuda de Barbara Watanabe, do Smithsonian Institution.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Cuidando - conservando - usando

Natividade (TO) 21:40




Estamos agora em Natividade onde passaremos a noite. Aproveitamos para pegar a encomenda com ouríveres daqui e rever o amigo prof. Deodato. Estive na casa dele a tarde e experimentei o doce amor-perfeito feito aqui. Um luxo! Depois vou postar uma foto desse doce.
Coloquei as duas imagens acima para falar de carro velho, manutenção e estradas.
Tenho atualmente (já há quatro anos) uma Parati 1993. Quando a comprei, arrumei toda a suspensão, coloquei pneus novos, reparei os freios. Há dois anos reformei o motor dela. De forma que a lataria (a imagem) dela não revela o carro que ela "tem por dentro". Já fui a Barra do Corda duas vezes com ela para trabalho de campo nos Ràmkôkamekra-Canela. Fui tres vezes até Tocantinópolis para fazer campo nos Apinaje e fui várias vezes aos Xerente com ela. Agora ela me levou até Brasilia e esta me trazendo de volta sem nenhum transtorno. Nenhum pneu furado, nenhum problema mecânico.
Mas antes de viajar, fiz a revisão de praxe: limpeza da carburador para tirar as "borras" que sobram com a gasolina de péssima qualidade; regulagem de embreagem; regulagem de freios; verificação da suspensão.'
Digo isso para comentar como que um carro "velho", com vinte anos de uso pode nos servir muito bem desde que façamos esse ato básico para toda conservação: manutenção. 
Infelizmente não é isso que vemos acontecer com as estradas nas quais usamos nossos carros (velhos ou novos). Parece que a manutenção não faz parte das ações de certos governantes que deixam a estrada se acabar sem conservação, por falta de manutenção.
Essa mesma falta de manutenção vemos ocorrer em muitas cidades brasileiras, nas quais as obras de um prefeito são deixadas a se acabarem pelo gestor seguinte até que se possa reformar totalmente e então colocar uma placa com o nome do prefeito de plantão.
Sabemos que a lógica dessa não-manutenção está ligada ao fato de que a manutenção mantém o bem em funcionamento mas não gera grandes despesas e, consequentemente, não gera obras, que não gera editais, que não geram contratações de empreiteiras.... e por ai vai. Uma mentalidade muito tacanha e predatória da coisa pública.

Bem, a viagem com a minha "velha e querida Parati 93" desde Brasilia foi com muita chuva até o final da Chapada dos Veadeiros. Um clima de inverno com muita chuva e vento nos 1.676 mts de altitude da região. Veja nas fotos abaixo.



Para Ligia, que viveu dois anos de calor intenso em Manaus, foi um bom "refrigério" (como se diz aqui no "sertão" tocantinense). Deu vontade de ficar mais tempo por ali e aproveitar o frio.
Mas seguimos em frente e já no Tocantins, sem chuva, foi possível fazer algumas fotos da paisagem, num lugar onde havia um pedaço de acostamento mais largo para parar o carro, escapando dos buracos. Amanhã aproveitar para tomar banho no "Paraíso", almoçar com amigo Deodato, comprar amor perfeito e depois retornar a Porto Nacional.




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Curtindo Brasilia e preparando a volta ao Tocantins

Brasilia, 23hs
Brasília tem duas coisas que me encantam e me fazem gostar dessa cidade: primeiro, no plano piloto (sobretudo Asas Norte e Sul) não há muros e tanto podemos circular entre as quadras quanto ter uma visão horizontal mais ampla; segundo, ela expressa uma concepção estética que esta marcada na cidade e que podemos perceber em todos os lugares. Os idealizadores de Brasilia tinham uma proposta estética, artística e política e isso foi concretizado no espaço. Diferente de cidades espontâneas  cujos ideais são mais difíceis de serem percebidos. Ou de cidades planejadas, cujos ideais se perderam sucumbidos pela gana financeira do lucro fácil. Neste ultimo caso, temos a cidade de Palmas.
Assim, desde ontem após conseguir a entrevista na embaixada e termos o visto concedido, fomos curtir um pouco essa bela cidade.
Irepti optou pelos parquinhos, presentes em todas as superquadras (diferentes de muitas cidades que não tem nenhum parquinho para as crianças, como Porto Nacional). Ligia curtiu a panificadora Pão Dourado, uma tentação!!!!
Aproveitamos para ver amigos e parentes e agora nos preparamos para voltar ao Tocantins e arrumar o que falta para nossa viagem.












quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

We got the VISA!

Brasilia, 13:50
Yeahhh, We got de VISA.
Fomos hoje pela manhã, 8:30hs, à embaixada americana em Brasilia. Tudo super tranquilo, mas com as habituais ações de segurança dos guardas. Entramos no consulado e uma hora depois saímos com a informação de que nossos vistos J1 (meu e de Ligia) e J2 (Irepti) estão concedidos. Agora, a tarefa de comprar as passagens, alugar moradia em Washington, tomar vacinas contra gripe e organizar a viagem.
Até agora tudo correndo muito tranquilo. Em dez dias devo pegar os passaportes com os vistos.
Já entrei em contato com a agencia de viagem que tem contrato com CNPq para comprar minha passagem com recursos de bolsa de pesquisa.
Vamos lá!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Á meio caminho

Brasilia, 21:00
Meio caminho andado. Hoje fomos, eu, Ligia e Irepti (com a companhia de Raoni) até o Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) para coleta dos dados biométricos. Na verdade trata-se apenas de coletar as impressões digitais, em formato eletrônico. Nada de sujar mãos com tinta. Um scanner colhe as digitais. Também uma foto digital é tirada do solicitante. Todas as fotos são sempre sem óculos. 
O CASV estava quase vazio e fomos atendidos gentil e rapidamente, mesmo antes do nosso horário agendado. Em menos de quinze minutos estávamos liberados. Aproveitamos para tirar uma foto da Irepti no belo painel existente no Venâncio 2000.

Depois da visita ao CASV, aproveitamos para comprarmos roupas de inverno para nossa chegada em Washington. Fomos até a Tchê Inverno.Lá compramos conjuntos Thermo skin para nós tres. Botinha para Irepti e meias de lã térmicas. Vamos chegar em Washington em pleno inverno e corremos o risco de pegarmos temperaturas abaixo de 0º C.
Amanhã 8:30 é horário de entrevista na embaixada. Vamos lá!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Bela e a Fera. Estradas e paisagens de Arraias a Brasilia.


Brasilia, 23:00

Saimos de Arraias as 9:00 não sem antes Ligia encomendar tres colchas de patchwork com Vó Têca, uma artesã da cidade. 
A estrada até o topo da Chapada dos Veadeiros, a partir do Tocantins, revela belas paisagens com muita presença de cerrado e com pecuária extensiva aqui e acolá. Já desde o topo da chapada até a descida para Brasilia, na região de São João da Aliança, já em Goiás, a paisagem alterna pecuária extensiva, soja, milho e plantações de eucalipto.









A beleza cênica da paisagem não combina com a situação do asfalto. Esburacada, a  estrada não permite que se aprecie a natureza. Assim como muitas calçadas de cidades brasileiras, como Manaus, onde ou se anda olhando para o chão (para não cair em buracos ou sofrer acidentes nos desníveis dos calcamentos), ou se para para apreciar a beleza da arquitetura, nestas estradas também ou se olha para os buracos ou se para para apreciar a paisagem. Mas parar também é um problema, pois as estradas não contam com acostamentos. Elas são pavimentadas com um acostamento que dá para apenas metade do carro. O único lugar com segurança foi na saída de Terezina de Goiás, onde pudemos registrar nossa viagem (com auxilio da fotografa mirim - Irepti). As demais fotos foram tiradas com o carro em movimento.
Se houvesse sensibilidade dos gestores públicos, poderiam ser identificados os principais pontos cênicos mais apreciados e criados espaços recuados na estrada para que os viajantes pudessem parar seus carros e observar.
O mesmo acontece para a bela estrada entre Palmas (TO) e Lajeado (TO) ou entre Carolina (MA) e Estreito (MA) em que a beleza paisagística não pode ser plenamente apreciada porque a estrada não tem acostamento para os carros e nem ponto de observação. Uma pena!!
Da mesma forma que manter a estrada bem pavimentada. É esdruxulo viajar cinqüenta quilômetros em asfalto impecável desde São João da Aliança até a exata divisa entre GO e DF e ver nete ponto a estrada ficar novamente esburacada e seguir assim por mais trinta quilômetros dentro do Distrito Federal, somente porque são territórios diferentes e quem cuida são gestores diferentes. Os cidadãos, usuários da estrada e pagadores de impostos, são quem acabam sofrendo com essa estranha forma de governar.
Agora descansar para amanhã começar jornada para conseguir o VISA.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Viagem a Brasilia: tour pelo sudeste do Tocantins

Arraias, TO. 21:14
Hoje iniciamos a viagem a Brasilia para tratarmos do VISA. Saímos de Porto Nacional e paramos em Natividade (TO). Lá paramos para tirar algumas fotos e encomendar um presente para levarmos para uma amiga nos USA. As jóias de Natividade, confeccionadas em ouro ou prata em filigrana são de rara beleza. Uma amostra desta arte pode ser vista no site da ASCUNA (Associação Cultural de Natividade). Natividade é uma cidade charmosa, encravada no sopé de uma serra e foi fundada no início do século XVIII durante o ciclo do ouro em Goiás Colonial.




Em seguida viemos a Arraias, distante 200 km ao sul. Arraias é conhecida no Tocantins pela sua cachaça Arraiana, pela carne de sol e pela paçoca, pisada no pilão.  Arraias é também uma cidade fundada no inicio do século XVIII, no período da mineração. Esta localizada no alto de uma serra e entre colinas. Aproveitamos para conhecer melhor a cidade e adquirir as delicias daqui. Amanhã iremos a Brasilia.