Durante os dias 01 e 04 de maio (2017), apresentação de trabalho no VIII ENABET (Encontro Nacional de Etnomusicologia).
Viagens antropológicas
sexta-feira, 29 de março de 2019
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Aventura antropológica no Jalapão
No início dos anos 2000 (talvez 2004 ou 2005) fui contratado
como antropólogo para realizar estudos para compor os Estudos de Impacto
Ambiental referente à construção do Centro de Recepcão ao Turista, a ser
construído proximo ao Parque Estadual do Jalapão, no municipio de
Mateiros, dentro dos objetivos do PROECOTUR.
O relatório que
produzi na época, que segue abaixo, eu nunca publiquei. Trago-o aqui a publico,
como uma forma de compartilhar o que realizei à época. Espero que esse texto
possa contribuir com novos estudos na região.
Centro de
Recepção de Visitantes do Parque Estadual do Jalapão
Diagnóstico
antropológico
Dr. Odair Giraldin
Antropólogo
Introdução
Na área do empreendimento não existe ocupação humana.
Na região mais abrangente, que será indiretamente atingida pelo empreendimento,
entretanto, existe ocupação humana em centros urbanos, sobretudo nas sedes dos
municípios de Mateiros e São Félix do Tocantins, mas também em comunidades
rurais, num total de 28. Dentro dos limites do município de Mateiros, existem
25 locais de ocupação rural que estão dentro da área sobre a qual incide o
território do Parque Estadual do Jalapão,
com 154 casas e uma população total de aproximadamente 550 habitantes,
correspondendo a perto de 30% da população total do município (PROBIO, 2002).
Dentre estas últimas, foram visitadas as comunidades de Mumbuca, Boa Esperança, Mumbuquinha e Borá. Esta amostragem foi
escolhida por abranger cerca de 300 pessoas: 170 em Mumbuca e 130 nas três últimas.
1) Cidade de Mateiros
Histórico
A ocupação da região, até a primeira metade do século
XVIII, se deu basicamente pelos povos indígenas Akroá e Xakriabá, dois
povos falantes de variação dialetal da língua Akwẽ. Com a entrada de mineradores na região, advieram os conflitos
entre eles e os povos indígenas, levando o governo colonial ao estabelecimento
do aldeamento de São José do Duro, atual cidade de Dianópolis, onde aqueles
dois povos foram aldeados e controlados. Algumas rebeliões ocorreram dentro
daqueles aldeamentos, levando a fugas de grupos para o interior da região, onde
eles não podiam ser encontrados (Giraldin, 2002, p. 114)). Esta situação
perdurou durante o final do século XVIII e início do século XIX, quando devem
ter chegado os primeiros moradores não indígenas, originários sobretudo do
Piauí e da Bahia .
Existe tradição oral na cidade de Mateiros de que a
ocupação da cidade se deu pela permanência de moradores que criavam gado na
região. Servia como local de passagem de viajantes que seguiam da Bahia
(sobretudo Formosa do Rio Preto e Barreiras) para as margens do rio Tocantins
(principalmente a cidade de Porto Imperial na época [hoje Porto Nacional]).
Esta ocupação da região está diretamente relacionada à busca de localidades
ainda não exploradas, em cujas terras fosse encontrado o líquido precioso que
faltava em diversos locais do interior dos estados nordestinos: a água.
Esta razão para a migração para a região pode ser
observada quando se pergunta aos moradores da região qual a principal qualidade
que ali identificam. Respondem sempre que se trata do clima e da água.
Características Antropológicas: (tradição e
identidade)
Provavelmente pelas características geográficas (mesmo
que de solo pouco fértil) e pela presença abundante de água nas terras da
região, a população local (tanto do núcleo urbano quanto das comunidades
rurais), identifica-se como Jalapoeiro,
ou seja, moradores do Jalapão.
Esta identificação pelo território é também observada
para territórios menores. Assim, além de ser Jalapoeiro, é-se, também, da Pedra de Amolar, de Borá, de Mumbuca,
da Fazenda Nova, do Frito Gordo, e assim por diante. Certamente que a esta
identificação regional se acrescenta à identificação por parentesco, tendo-se o
pertencimento a determinadas famílias um papel social e político bastante
forte.
Apesar da identificação territorial (Jalapoeiro) estar presente no discurso
da população, ela não deixa de demonstrar uma forma de identificação pela
contrastividade. Há informações quase consensuais na cidade de Mateiros que, no
passado, a identificação como morador do Jalapão
era motivo de vergonha, sendo escondida ou escamoteada sempre que possível
quando um morador se encontrava fora da região. Esta negação de identificação
com a região se dava pela condição de atraso e esquecimento com que o Jalapão era tratado. As pessoas não
queriam se identificar como Jalapoeiro
porque a região era tida como atrasada e desprezada. Nsta condição, no entanto,
esta presente a contrastividade (Barth, 1976), pois que a região era
considerada atrasada em contraste com outras localidades, como as cidades das
margens do rio Tocantins, ou com cidades do sul de Goiás. Com a imagem positiva
que a região do Jalapão alcançou no
cenário local e nacional, hoje a identificação como Jalapoeiro não conota mais aquela situação anterior de negatividade.
A maioria da população da cidade de Mateiros,
hoje, diz orgulhar-se de morar no Jalapão.
Esta postura positiva em relação ao sentimento de pertencimento ao Jalapão, entretanto, não impede
atitudes críticas à falta de melhores condições de infra-estrutura na região.
Esta postura crítica é mais visível entre os jovens da cidade que afirmam não
possuir opções de trabalho e lazer.
Características
Antropológicas: Religião
Na cidade de Mateiros a
maioria da população é composta de evangélicos e a minoria de católicos. A
principal Igreja é a Assembléia de Deus, ministério de Madureira, com templo
estruturado e pastor com cultos diários regulares. Também existe templo da
Congregação Cristã no Brasil, porém sem a presença de pastor residente e com a
realização irregular de cultos. Há também um templo católico, porém sem a
presença de pároco residente, recebendo a visita esporádica do padre de Taquaralto para celebrar missa (PROBIO,
2002).
Características Antropológicas: Cerimônia Matrimonial
Na cidade de Mateiros ocorre uma tradição da
cerimônia de casamento que demonstra a estreita ligação da localidade com a
região nordestina, sobretudo Bahia. Quando se realiza um casamento, os pais da
noiva e do noivo realizam festas separadas e, normalmente, em dias separados. A
festa da noiva acontece no dia da realização da cerimônia, enquanto que a do
noivo pode ocorrer até uma semana depois. Somente quando se realiza a festa do
noivo é que a noiva será entregue a ele. Neste dia, sai uma comitiva da casa da
noiva, com a presença de seus pais e irmãos (possivelmente também demais
parentes e convidados), seguindo em cortejo até a casa do noivo para a entrega
da noiva.
Este é um costume muito comum nos estados do nordeste,
limítrofes ao Tocantins e a origem nordestina da ocupação da região transferiu
para aquela localidade o mesmo costume.
Características Antropológicas: Festas tradicionais
Na cidade de Mateiros não são realizadas grandes
festas populares tradicionais. É provável que esta seja uma característica
devido a intensa presença das religiões cristãs evangélicas. O padroeiro de Mateiros é o Divino Espírito
Santo, sendo realizado um festejo anual na cidade durante o mês de Maio.
Nestes festejos, diferentemente de outros locais do Tocantins, não se realiza a
festa tradicional do Divino, com folias e festa do imperador. Ali apenas se
realiza festa profana com barracas de comida e bebida e bailes noturnos.
Desde o ano de 1996 vem se realizando um evento que
recebe o nome de Festa dos Crentes.
Trata-se de um retiro espiritual que os evangélicos realizam durante quatro
dias no mês de agosto, nas margens do Rio
Novo. Ali realizam cultos matutinos e noturnos e recreações no período
vespertino. Este evento tem atraído para a localidade diversas pessoas da
cidade de Mateiros, incluindo-se os
não evangélicos que acorrem ao local em busca de lazer.
Características
Antropológicas: Economia
A economia da cidade de Mateiros gira em torno da pecuária extensiva, da agricultura de
subsistência e de um incipiente sistema de comércio e serviços. Desde que a
região do Jalapão ganhou projeção
nacional o artesanato com capim dourado vem sendo uma fonte de renda para boa
parcela dos trabalhadores da cidade. Hoje Mateiros
conta com mais de oitenta artesãos envolvidos na confecção de diversos artesanatos
e parcela da população local se envolve na coleta e venda do próprio capim para
os artesãos.
2) Mumbuca
História
A comunidade de Mumbuca
é composta por moradores migrados da Bahia num passado, cuja data precisa é
muito difícil de precisar. Sua tradição oral informa que os primeiros moradores
(que remonta a pelo menos 4 gerações) migraram fugindo da seca. Dona
Laurentina, nascida em 1925, tem memória genealógica que retrocede até sua
bisavó materna, chamada Maria Jacinta, considerada uma índia que vivia na
região e que foi capturada pelos seus antepassados e passando a conviver com os
moradores de Mumbuca.
Há entre os membros daquela comunidade uma forte
tradição de identidade ligada a este passado histórico e aos estreitos laços de
parentesco existentes entre seus membros. Há uma predominância de casamentos
endogâmicos (casamentos realizados entre membros do próprio grupo), havendo
mesmo casamentos entre primos paralelos de primeiro e segundo graus. Esta
tendência, entretanto, não impede casamentos exogâmicos (casamentos realizados
com membros externos ao grupo).
Características
antropológicas: religião
Há indicação, pelas
informações da tradição oral, que no passado os moradores da comunidade de Mumbuca professavam o catolicismo. Seus
moradores ainda se lembram dos padres Pedro, Faustino e Orlando que missionavam
na região. Há cerca de quarenta anos, entretanto, apareceram os primeiros
missionários evangélicos: os batistas. A partir da cidade de Correntes, Piauí, vinham missionários norte-americanos, monolíngues, e com o
auxílio de intérpretes, pregavam o evangelho para a população local. Existe
memória do nome de alguns destes missionários: Mr. Jonhson e Mr. Figgs. Sem
conhecer uma explicação para o fato, os moradores de Mumbuca afirmam que os missionários
simplesmente não mais apareceram. Depois dos batistas, vieram os pastores da
Assembléia de Deus, religião à qual congrega a maioria da população local.
Características
antropológicas: sistema político
Existe já uma tradição
oral, entre aqueles que conhecem o povoado de Mumbuca, de que eles têm um sistema político matriarcal, no qual as
mulheres possuem o poder decisório na política. Na verdade não se trata de um
sistema matriarcal, mas sim de um sistema de um conselho de anciãos que tem o
poder de decisão sobre assuntos coletivos. Os membros atuais deste conselho
são: Dona Laurentina Ribeiro da Silva (78 anos), Dona Guilhermina Ribeiro da
Silva (D. Miúda, 75 anos) e Sr. Dionílio Beato da Silva (79 anos). O Conselho
anterior era composto pelos senhores Silvério Ribeiro de Matos e Antonio Alves
Amorim, ambos já falecidos, sem a presença de nenhuma mulher, o que demonstra
ser um sistema de conselho e não um sistema matriarcal. O sistema tem seu foco
na presença de anciãos, sejam eles homens ou mulheres.
Características
antropológicas: Festas tradicionais
Na comunidade de Mumbuca não há realizações de festas
populares, havendo a afirmação de festejam apenas o Natal e Ano Novo. Assim
como em Mateiros, penso que esta característica esta relacionada ao fato de
serem evangélicos. Há, entretanto, memória de festas populares que eram
realizadas antes da conversão. Segundo Sr. Dionílio havia a Festa do Divino Espírito Santo, que era
realizado pelo seu avô, que também realizava reza e festa de Santa Cruz (no mês de Fevereiro). Havia ainda festa de São Sebastião, realizada em 20
de Janeiro, na qual ocorria baile animada pela sanfona, instrumento que o
próprio Sr. Dionílio tocava quando jovem.
Características antropológicas: Economia
Na comunidade Mumbuca
as atividades econômicas se dividem, assim como em Mateiros, na pecuária
extensiva de pequeno rebanho, na agricultura de subsistência em pequenas roças
de toco e no artesanato com o capim dourado. Guardam ainda o costume de sistema
de mutirão para a realização de algum trabalho quando se faz necessário grande
número de trabalhadores. Neste sistema de trabalho, ocorre a troca de dias de
serviço, com o beneficiado obrigando-se a trabalhar um dia para aqueles que
participaram do mutirão.
A comunidade de Mumbuca
é tida como a precursora na arte de tecer artefatos com o capim dourado.
Organizam suas atividades através da Associação dos Artesãos e Extrativistas do
Capim Dourado do Povoado de Mumbuca,
mas que tem como associados também os membros das comunidades de Mumbuquinha, Boa Esperança e Borá.
Como o próprio nome da associação revela, existem os artesãos e também apenas
aqueles que fazem a coleta do capim e o comercializam com os artesãos. Qualquer
que seja a atividade, coleta ou confecção do artesanato, ela se transformou na
principal fonte de recursos na comunidade. Atualmente a Associação, com
financiamentos externos, incrementa a produção, havendo inclusive recursos
disponíveis para a construção de uma oficina para produção de outros produtos
artesanais com recursos do cerrado, como doces das frutas nativas.
Apesar da circulação monetária advinda do comércio de
artesanato de capim dourado, pode-se observar ainda o sistema de empréstimo e
de troca em espécie.
3) Mumbuquinha, Boa Esperança e Borá
História
As comunidades de Mumbuquinha, Boa Esperança e Borá se
constituíram com a maior parte de seus membros sendo pessoas que migraram da Mumbuca. Na Boa Esperança há, também, presença de descendentes de migrantes
originários da Bahia e Piauí. Distam desta última aproximadamente 15
quilômetros em linha reta. A primeira migração, pelos cálculos feitos a partir
da memória existente na comunidade, ocorreu há mais de cem anos. Segundo
informações do Sr. Evilásio Oliveira (vulgo Pixute, 49 anos), há uma
profundidade genealógica de quatro
gerações.
Na comunidade de Mumbuquinha e Borá, a maioria dos seus membros são descendentes do Sr. Manuel
Francisco Matos, já falecido, mas que fora nascido na Mumbuca. Sr. Manuel fora, por mais de vinte anos, vaqueiro de um
fazendeiro, que detinha a posse da fazenda Borá.
No final da vida, este fazendeiro “doou” a fazenda Borá para Sr. Manuel, que a distribuiu aos seus filhos, que ali
permaneceram até hoje.
Nascidos na região,
identificam-se pelo território que ocupam. Além da Jalapoeiros, são de Borá
e de Mumbuqinha.
Características
antropológicas: Religião e Festas Populares
Ao contrário dos
habitantes de Mumbuca, os moradores
das comunidades de Munbuquinha, Boa
Esperança e Borá são
majoritariamente católicos. Pode-se explicar por isso a ocorrência de diversas
festas populares entre eles. Em Boa
Esperança o Sr. Torquati é o Imperador do Divino e promove a Festa do
divino que ocorre em 29 de Julho. Em 6 de Janeiro, Sr. Adão Ribeiro da Cunha
celebra a Festa de Santo Reis. Em 13 de Junho o Sr. Sebastião Galvão promove a
festa de Santo Antonio enquanto que em João Batista promove a Festa de São
João, em 24 de Junho.
Características
antropológicas: Economia
Também nestas duas
comunidades a economia gira em torna da pecuária extensiva de pequeno rebanho,
com a agricultura de subsistência. Todos as casas, entretanto, estão também
participam nas atividades em torno do capim dourado, seja vendendo o
artesanato, seja na coleta e venda do capim para artesãos de Mumbuca.. Na casa do Sr. Sebastião
Ribeiro de Matos (59 anos), a única renda familiar em dinheiro que existe
provém dos artesanatos feitos por sua esposa e filha, de algum trabalho
esporádico de carpintaria, além do capim vendido para a comunidade de Mumbuca. Em todas as casas, o
artesanato é comercializado na loja existente na comunidade Mumbuca.
Nestas comunidades
também se observa o sistema de mutirão e a troca e/ou empréstimos de produção
da propriedade, sobretudo da farinha de mandioca.
Conclusão
Em todas as comunidades visitadas, pode-se perceber
uma forte identificação dos seus moradores com o território: são Jalapoeiros acima de tudo. Se para a
população da cidade de Mateiros houve um momento no passado que esta identidade
era negativa, com a projeção e visibilidade positiva que o Jalapão alcançou nos níveis nacional e até internacional, esta
identidade passou a ser vista de maneira positiva. Para os membros da
comunidades rurais, como as acima descritas, esta identidade pelo território
não foi mencionada como sendo em algum momento um aspecto negativo. Ao
contrário, a permanência e enfrentamento para desbravar aquela região dá aos
seus membros uma identidade positiva de serem Jalapoeiros, funcionando como um símbolo de pessoas fortes e
vencedoras das dificuldades da vida.
A dificuldade econômica, que sempre foi - e ainda é
um problema para a região -, vem sendo vencida com a projeção do artesanato de
capim dourado. Vendido em feiras fora da região, ou em lojas como a da
comunidade de Mumbuca eu nas lojas
da cidade de Mateiros, sobretudo aos turistas que visitam a região, esta
artesanato tem sido uma fonte de renda importante para os moradores do
grandioso e belo Jalapão.
Bibliografia
Barth,
Frederik – Los grupos étnicos y sus fronteras. La organización social de las
diferencias culturales. México, Fonde de Cultura Económica, 1976.
Giraldin, Odair – “Povos indígenas e não-indígenas:
uma introdução à história das relações interétnicas no Tocantins”. In Giraldin, O. (org.) – A (Trans)Formação Histórica do Tocantins. Goiânia, Ed. UFG
/ Palmas, Unitins, 2002
PROBIO – Projeto de Conservação e Utilização
Sustentável da Diversidade Biológica – Plano de Desenvolvimento Sustentável do
Entorno do Parque Estadual do Jalapão.
Ministério do Meio Ambiente, 2002.
quinta-feira, 27 de abril de 2017
"Dia" do índio 2017
Neste ultimo 19 de abril, os alunos indígenas da UFT em Porto Nacional, organizaram o I Seminário dos Acadêmicos Indígenas da UFT campus de Porto Nacional, para o qual fui convidado a participar em uma mesa redonda sobre o protagonismo indígena e os desafios na universidade.
Apos a abertura, houve uma interação cultural com os universitários não-indígenas através de cantos e danças no pátio do bloco I.
Apos essa confraternização, fomos para a mesa redonda.
Tive a honra e prazer de contar como colega de mesa o mestre Ercivaldo Damsõkekwa Calixto Xerente, cuja dissertação em Direitos Humanos, intitulada Processos de Educação Akwẽ e os direitos indígenas a uma educação diferenciada: praticas educativas tradicionais e suas relações com a prática escolar, foi apresentada em dezembro passado na UFG.
Foi importante ver o protagonismo desse lutador Akwe.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Discutindo Financiamento de Pesquisa.
Entre os dias 20 e 21 de abril
(pleno feriado!) estive em Florianópolis reunido com outros pesquisadores do
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Brasil Plural (IBP). Nestes
dois dias de trabalho discutimos a remodelação do organograma do IBP, que terá
o numero de quatro redes (Saúde; Saberes e Educação; Território, Patrimônio e
Circulação e Arte e Performance).
Estiveram presentes colegas da
UFAM, UFPA, UFMT, UNB, UDESC e UFSC. A sede continua sendo em Florianópolis, na
UFSC, tendo como instituições executoras a UFSC, a UFAM, UDESC e agora
ingressando também a UFMT e a UNB. Farei pleito junto a UFT para que ela possa
ingressar também como executora, tendo o NEAI à frente.
Discutimos as redes e os projetos
executados dentro do IBP. Nossa participação pela UFT se dará através das
pesquisas de musicalidades Timbira e das atividades do Saberes Indígenas na
Escola. Discutimos também as acoes a serem desenvolvidas e o aspecto politico
das atividades de pesquisa sobre o Brasil Plural, sobretudo visando influenciar
de alguma forma nas políticas publicas. Pensamos também em mecanismos de
inovação de ferramentas para interatividade entre os pesquisadores, os membros
dos grupos pesquisados e os resultados dessas pesquisas, num processo de
devolução para a comunidade das informações e registros realizados durante as
pesquisas.
Foi muito importante conhecer os
colegas do IBP da UFSC e das demais instituições além de poder dialogar por
dois dias como pesquisadores muito conhecidos, como Antonella Tassinari, Jean Langdon,
José Kelly, Deise Lucy Montardo e Márnio Teixeira.
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